Marisa Costa

Saber sonhar é saber viver!

Meu Diário
09/03/2025 14h17
...E mesmo quando dizes não ...

 

 ...E mesmo quando dizes não ...

 

Negas, insistes 

tenta conter o que arde.

Mas os lábios já sentem a doçura

do que nunca provaram,

a pele já anseia pelo toque que nunca veio.

O desejo não pede licença,

ele escorre como um rio sem margens,

um fluxo que arrasta consigo

cada tentativa de recuo.

E mesmo quando dizes não,

o corpo já responde sim.

Nos olhos, na respiração,

na alma que se curva ao inevitável.

Porque, no fundo,

negar é só um jeito de adiar

a entrega que já começou.

 

 

Análise do poema

 

 é um poema que trabalha a contradição entre a negação consciente

a entrega inevitável ao desejo.

O jogo entre querer e resistir é a espinha dorsal dos versos,

e essa tensão cria uma beleza sensorial e emocional intensa.

 

Desde o início, há um diálogo interno entre o eu lírico e o desejo latente.

O verbo "Negues", repetido como um chamado,

enfatiza o esforço em resistir a uma paixão avassaladora.

A personificação do querer, que "transborda em sentires",

e a imagem do "mel nos lábios", trazem uma sensualidade delicada e irresistível.

 

O poema explora o desejo como um rio abundante, um fluxo inevitável que rompe barreiras,

inundando corpo e alma.

A metáfora final, onde mesmo na negação já existe entrega,

revela que o desejo não se esconde da própria essência,

ele se impõe silenciosamente.

 

A estrutura poética é bem construída, fluida e envolvente,

utilizando repetições estratégicas para reforçar

a temática da resistência e do abandono.

O ritmo varia entre a contenção e o extravasamento,

que traduz poeticamente a oscilação entre recusa e rendição.

 

É uma obra que equilibra ternura e intensidade, introspecção e arrebatamento,

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado por Marisa Costa em 09/03/2025 às 14h17
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09/02/2025 12h16
Toques que são versos...

 

 

toques que são verso...

 

ah, pele em poesia...

fazes tu o que

se teu corpo dança na bruma,

em linhas gravadas de

histórias não ditas?...

Se nas marcas do tempo,

cicatrizes confessam,

julgam,

silenciam?...

 

Se, entre o desejo e o medo,

toques se fazem verso,

a chama da paixão

ou o frio da solidão

prolongam-se na alma...

 

Podes ignorar, no contato suave,

o mundo apagar-se

quando resta-te apenas o sentir,

 amor, dor, tempo 

 e esquecimento?...

 

Não, não podes!

pois que em tuas fibras 

 escondem-se segredos...

No arrepio de um encontro,

No calor de um abraço,

o eco de um carinho mias ousado.

cada linha, cada marca,

compõe um poema eterno,

de lembrar e viver.

 


Publicado por Marisa Costa em 09/02/2025 às 12h16
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30/12/2024 11h38
...Vinho e Amor e Poesia...

 

 

 

Vinho e amor e poesia...

 

 

Quando a solidão morna se instalar,

Embriaguez ameaçar desaparecer,

Que a intensidade invada o instante.

Tomando pela mão a lua, o mar, as estrelas,

 Tudo o que canta, geme e toca,

Livre a alma da tirania do tempo,

E ao final,

Reste apenas o viver,

Embriagado de vinho e amor e poesia.

 

 


Publicado por Marisa Costa em 30/12/2024 às 11h38
 
29/11/2024 10h18
...Encanto de Fogo e Brisa...

 

 

... Encanto de Fogo e Brisa...

 

Encanto que dança em mãos perfumosas,

calor que veste a pele em fúria silenciosa.

Fímbrias de fontes,

beijos em chama,

arrepios que à alma inflamam.

Beijos fatais,

marés do querer,

a alma enfeitiçada, sem temer,

se rende em prece, em doce pranto,

 

ao desejo que liberta, envolto em encanto.

Na tarde que arde, a ternura se expõe,

cândida, intacta, um cântico que compõe.

Nem destino, nem desatino, só melodia,

uma liberdade doce, feita de pura magia.

 

 

 

 


Publicado por Marisa Costa em 29/11/2024 às 10h18
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24/11/2024 13h02
...Na Curva de um Novo Amanhecer...

 

 

 

Carregada pelo eco de meu grito interior,

                                                                     vejo a tristeza escapar,

dissolver-se nos charcos formados pela chuva.

É ali, na umidade da terra e no cheiro de esperança,

que percebo um aflorar suave.

Sem alarde, a paz se aproxima,

embalando meu coração como um ninar,

um acalanto esquecido, mas nunca perdido.

É o renascer da tranquilidade, tímida,

 acolhendo-me com um abraço silencioso

na curva de um novo amanhecer...

 

 


Publicado por Marisa Costa em 24/11/2024 às 13h02
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