Marisa Costa

Saber sonhar é saber viver!

Meu Diário
21/04/2025 12h07
Ah, querer tanto...

 

Ah, querer tanto..

 

Sei não pra onde foi tanto querer.

Nossa conexão, gosto de imaginar, se escondeu num ponto distante do Universo, só pra não perecer no caos aqui da Terra.

Enquanto, da forma mais harmoniosa, no sentido mais profundo, meu coração, minha mente, minha pureza, inocência, visão, medo, verdade, faziam de mim “estar um com você”

 

Seilá, eu! Danado de sentir, esse!

Chamei de amor. Chamei paixão. ” O "ser  um com você”.

Também partiu. E o  amor que te sentia e sua eternidade.

(Vez, você me disse que acreditava na liberdade do se amar). (Ele confia, cura, renova, ama simplesmente). (Você o levará por onde for _ me afirmou de novo e de novo _ em todos os sonhos, em toda a batida do coração). 

Pois é!  Não era verdade!

 

Mas o tempo que durou valeu os "Ufas" que "inté" me deixavam sem respiração. Exagerava?

Meu coração é mesmo assim, abusado...

Tempo inteiro me desnudando, refém dele era quando me atiçavas com sonhos _ os mais lindos.

Quando me fazias beber o sentido celestial do amor.  Por dentro, por fora.  

À mercê do fogo da paixão, ah quão divinos nos tornávamos...

 

E quando, em nossos encontros, sedutoramente imaginários, a gente respirava um ao outro se abraçando, beijando, se tocando?...

Divino! Energia, atração, desejo, tudo junto e misturado, viajavas meus meridianos.

Eu, pelos teus. 

Juntos a gente mergulhava. Namorando fazia amor...

 

E quando quietinhos, “abraçadinhos" apenas te sentia, tu a mim?

Tudo tão lindo, tão sublime e tão único. 

Apaixonavas-me! 

Divinal sentir a união, a integração dentro de nós.

Ternuras nutrindo profundamente almas.

Diluindo no Universo consciências que se juntavam...

 

A poesia do Neruda que recitava pra você,

(pra mim, era qual um "must" _ o exprimir do mais puro sentir). 

Recitei-te tempo demais. 

Hoje não a recito mais...

Seilá! Deixando de doer, de tocar, de falar de amor, sentir que não era via de mão dupla,

Aprendi a viver sem pessoas que vivem sem mim.

Valeu, contigo aprendi mais uma.

 

Sim, a poesia do Neruda será imortal sempre, linda como nunca,

Mas não exprime mais nós dois.  

Também partiu.

Mas enquanto, em mim ela viveu, por tudo, 

Gratidão pela lindeza  do que meu deu.

Me fez viver, fez-me sonhar.

Daquele jeito forte e profundo e tão único...

 

 

“Tu eras também uma pequena folha

Que tremia no meu peito

O vento da vida pôs-te ali

A princípio não te vi – não soube

Que ias comigo.

Até que as tuas raízes

Atravessaram o meu peito,

Se uniram aos fios do meu sangue

Falavam pela minha boca

Floresceram comigo.”

(Neruda)

 

 

  Bread - If (Tradução)                                                       

   https://youtu.be/w3fOCso4GP8?si=8eAB7jZO1yFhnZFO      

 

 

                                          

Marisa Costa


Publicado por Marisa Costa em 21/04/2025 às 12h07
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09/03/2025 14h17
...E mesmo quando dizes não ...

 

 ...E mesmo quando dizes não ...

 

Negas, insistes 

tenta conter o que arde.

Mas os lábios já sentem a doçura

do que nunca provaram,

a pele já anseia pelo toque que nunca veio.

O desejo não pede licença,

ele escorre como um rio sem margens,

um fluxo que arrasta consigo

cada tentativa de recuo.

E mesmo quando dizes não,

o corpo já responde sim.

Nos olhos, na respiração,

na alma que se curva ao inevitável.

Porque, no fundo,

negar é só um jeito de adiar

a entrega que já começou.

 

 

Análise do poema

 

 é um poema que trabalha a contradição entre a negação consciente

a entrega inevitável ao desejo.

O jogo entre querer e resistir é a espinha dorsal dos versos,

e essa tensão cria uma beleza sensorial e emocional intensa.

 

Desde o início, há um diálogo interno entre o eu lírico e o desejo latente.

O verbo "Negues", repetido como um chamado,

enfatiza o esforço em resistir a uma paixão avassaladora.

A personificação do querer, que "transborda em sentires",

e a imagem do "mel nos lábios", trazem uma sensualidade delicada e irresistível.

 

O poema explora o desejo como um rio abundante, um fluxo inevitável que rompe barreiras,

inundando corpo e alma.

A metáfora final, onde mesmo na negação já existe entrega,

revela que o desejo não se esconde da própria essência,

ele se impõe silenciosamente.

 

A estrutura poética é bem construída, fluida e envolvente,

utilizando repetições estratégicas para reforçar

a temática da resistência e do abandono.

O ritmo varia entre a contenção e o extravasamento,

que traduz poeticamente a oscilação entre recusa e rendição.

 

É uma obra que equilibra ternura e intensidade, introspecção e arrebatamento,

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado por Marisa Costa em 09/03/2025 às 14h17
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09/02/2025 12h16
Toques que são versos...

 

 

toques que são verso...

 

ah, pele em poesia...

fazes tu o que

se teu corpo dança na bruma,

em linhas gravadas de

histórias não ditas?...

Se nas marcas do tempo,

cicatrizes confessam,

julgam,

silenciam?...

 

Se, entre o desejo e o medo,

toques se fazem verso,

a chama da paixão

ou o frio da solidão

prolongam-se na alma...

 

Podes ignorar, no contato suave,

o mundo apagar-se

quando resta-te apenas o sentir,

 amor, dor, tempo 

 e esquecimento?...

 

Não, não podes!

pois que em tuas fibras 

 escondem-se segredos...

No arrepio de um encontro,

No calor de um abraço,

o eco de um carinho mias ousado.

cada linha, cada marca,

compõe um poema eterno,

de lembrar e viver.

 


Publicado por Marisa Costa em 09/02/2025 às 12h16
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30/12/2024 11h38
...Vinho e Amor e Poesia...

 

 

 

Vinho e amor e poesia...

 

 

Quando a solidão morna se instalar,

Embriaguez ameaçar desaparecer,

Que a intensidade invada o instante.

Tomando pela mão a lua, o mar, as estrelas,

 Tudo o que canta, geme e toca,

Livre a alma da tirania do tempo,

E ao final,

Reste apenas o viver,

Embriagado de vinho e amor e poesia.

 

 


Publicado por Marisa Costa em 30/12/2024 às 11h38
 
29/11/2024 10h18
...Encanto de Fogo e Brisa...

 

 

... Encanto de Fogo e Brisa...

 

Encanto que dança em mãos perfumosas,

calor que veste a pele em fúria silenciosa.

Fímbrias de fontes,

beijos em chama,

arrepios que à alma inflamam.

Beijos fatais,

marés do querer,

a alma enfeitiçada, sem temer,

se rende em prece, em doce pranto,

 

ao desejo que liberta, envolto em encanto.

Na tarde que arde, a ternura se expõe,

cândida, intacta, um cântico que compõe.

Nem destino, nem desatino, só melodia,

uma liberdade doce, feita de pura magia.

 

 

 

 


Publicado por Marisa Costa em 29/11/2024 às 10h18
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