11/06/2012 13h53
Coisas da Vida
A noite estava clara e quente. O céu pura luz. Estrelas multicoloridas iluminavam a noite de uma beleza espetacular. Naquele instante mágico ninguém tinha tudo o que sonhava. Ninguém era tudo que imaginava. Acendeu um cigarro, sentou-se no degrau da varanda. Os olhos começaram a ficar enevoados, e em meio às lágrimas da emoção, sorriu. A música ecoou distante e ela correu as cortinas da memória... Estava finalmente feliz ─ se perguntou sentindo-se estranhamente liberta, depois das muitas lagrimas derramadas. Das amarguras que apertaram seu coração. Das batalhas que travara. Derrotas... Vitórias... Viveu intensamente, com paixão, numa entrega completa aos momentos felizes ou tristes. Quebrou a cara? Perdeu a conta das vezes que esticara a corda e mesmo bamba andara por ela. Muitos a amaram. Alguns a usaram. Outros compartilharam do seu saber. Com seu companheiro, seu amante, seu marido, seu amor, viveu emoções. Ingredientes saborosos como cumplicidade, intimidade, loucuras, erros e acertos. Ao seu lado descobriu a exuberância do corpo, a palavra sem julgamento, a livre expressão do orgasmo. Raiva, ciúme, magoa, dor que não passa, sentimentos complicados de digerir. E em algum momento, de alguma maneira, se decepcionou. Coisas da vida. Sorriu enigmática. Era a iludida... ou não? Em outros abraços a procurou. Em muitos rostos, seu olhar inatingível. Em outros corpos, seu calor. Podia ver seu sorriso, sentir suas mágoas, mas não podia entender seus olhos luminosos, quentes, que sugeriam um mistério que não compreendia. Por quê? Tantos são os “talvezes”... Quem sabe o melhor de si reservara a si mesma? Poderosa ou... simplesmente complicada? Coisas da vida. E viver não é isso, pensou. Mais que isso? É voar alto, muito alto e despencar lá de cima, e ainda assim ver beleza e leveza na queda? Alcançar o máximo da felicidade e descobrir em seguida a intensidade da dor, da decepção, e ainda assim rir de tudo? Quem sabe? Às vezes se tem escolhas, outras não. Mas se pode ter esperança, e um dia, ser livre para buscar a alegria indescritível que a espera, logo ali, na curva do seu destino. A musica soa bem pertinho e ela se deixa embalar pela canção. Naquele momento deixa que as lágrimas banhem seu rosto, o colo, seus passos. Acende as luzes do coração e vislumbra uma vida diferente. Um grito de liberdade quase já ecoa em sua garganta. Não há escolha... A decisão já foi tomada. Reúne o que sobrou, inocenta seu olhar, ergue a cabeça, olha-se no espelho e sorri. Está acontecendo. Sobe ao pódio, ergue a taça da vitória e grita: ─ Você é uma vencedora. Gosto de você!
(*) Imagens: Google Publicado por Marisa Costa em 11/06/2012 às 13h53
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Para Sempre Caeté!
Você... permita-me chamá-la assim... Cidade pequenina, tão encantadora e cheia de charme. Você foi meu paraíso infantil, o desabrochar da minha adolescência, a descoberta do amor. Para ir ter com Você, fui capaz de tudo, enfrentar o mundo, se preciso fosse. Até mesmo quebrar a resistência paterna. Com Você descobri a alegria dos carnavais, as serestas nas noites de luar, o agito das rodas de samba, a felicidade de estar junto de uma família incrível. Você foi sonho, foi felicidade, foi, para mim, a mais pura e simples expressão da liberdade. Anos se passaram... No entanto,... Onde eu estiver, Você para sempre será, um dos momentos mais lindos da minha vida. Você mora no meu coração, Caeté, para sempre, Caeté.
Publicado por Marisa Costa em 16/05/2012 às 12h33
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Recanto das Letras
Pura falta de inspiração, acho. Quando se é uma escritora entusiasta, porem, desconhecida, oportunidades inexistem no mundo editorial. Nada contra. Coisas da economia de mercado. Tenho três obras inéditas e nunca as enviei a editoras. Covardia, acho. Receio de ouvir... é uma droga! Vai ver são mesmo... Besteira minha. Nunca devia me esquecer da frase de William Shakespeare: “Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião”. O Recanto me devolveu a motivação. Deu-me a oportunidade de interagir, compartilhar idéias e pensamentos com outras pessoas; conhecer o que elas têm a dizer. Afinal somos todos mestres uns dos outros. Está sendo uma experiência muito legal.
Publicado por Marisa Costa em 16/05/2012 às 12h18
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