Uma mulher, o amor, uma janela dourada...
O suicídio começou por dentro. Morto o ranço amargo do cheiro do se machucar chamando isso de amor, restante amargor tanto - quase nada - não impediu o surgir duns olhos azuis de mar. Tampouco o derreter do gelo da solidão sob o sol da manhã. Céu azul ao anoitecer, debruçada na janela de luz dourada, a mulher renascida para o amor, à espreita, boca grande, batom vermelho, sente a efervecência de alguém... Na efervecência verde , a força dele. Nos dedos de vento o quente pulsando, tocando seus ombros... Que seeexy! - pensa. O céu é cheinho de pingos vermelhos... Confiando risos àquele poema ela é a música. Olhos ardentes entre lábios trêmulos, parecendo mulher, parecendo santa, coberta com o aconchego do querer se deixa escorrer nos braços do amor... Único lugar pelo qual ansiou para florescer o coração dum jeito lindo, perigoso, escandaloso... Suave, do jeitinho que fosse, mas que apenas florescesse. (*) Imagem: Pinterest Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 15/02/2021
Alterado em 15/02/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |