Marisa Costa

Saber sonhar é saber viver!

Textos


Ensaiei  violência, solidão encontrei...
 
“Era um medo. Um medo feito o que se tem da morte”...

 A mesma história tantas vezes lida, aos milhares vivida, adolescente ainda, largou de fotografar os sonhos. Mesmo que uma mescla de real com fantasia e daí?
O insuportável é que alma, de sonhar, andava perdida.

Fugindo do medo, o medo de enfrentar a vida, de se entregar e sofrer, refugiou-se na violência.
Tudo no mundo é difícil, tudo é frágil, tudo passa. Mas, diante do que sentia, esse "tudo" era pouco. 
O seu medo era feito aquele que se tem da morte.  


Sem rumo, uma bandida, mais se embrenhava no furor da violência.
Um cão sem dono, tão cansada menina, a irritação consigo mesma não se resolvia. 
Nas cinzas das horas, onde quer que ia, a noite de olhos arregalados conduzia seus passos sem réstia alguma de brilho de luar.
Assustador!


Quis preservar-se. Não escondia a pressa. Precisava. Uma vida longa, uma noite curta, quiçá. Desistir não era uma opção.
Merda! 
Lá, no confim da sua condenação, lá onde se asilara, o mal da solidão era o que tinha. 

(*) 
Imagem: Google
 
Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 15/02/2018
Alterado em 17/02/2018
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