Crime passional...
Por quantas vezes, antes da dor se debruçar sobre mim, abri os braços. No meu jeito intenso de querer você, tocar você, chamando seu nome, mesmo difícil de respirar, fingia que a raiva tinha passado. Louco e tão bom isso! O grito se desvanecia na garganta, independente de mim, de você, paixão rugia como pantera no cio. Me enganando era eu sua amada. Sei lá, eu o porquê! Que diacho de amor era esse tão a fim de provocar essa querência de mãos eternas? A dor ignorar quando despertados todos so cantos do amor? Que estranha e tão cúmplice emoção essa capaz de subornar a razão, o peito apertar, corpo tocar? De olhos fechados, deitada na cama, sem certo, nem errado fazer querer brincar. Cavalgadora, entranhar o ser? Muda, fico. Por quê, sei não! Bastava seu veneno cheio de sedução e eu deixava rolar, quando subornado, você vinha pra mim. Despossuída, possuída, desnuda o tempo inteiro de você embriagada, fingia ser meu amor todos os seus passos. Sonhando com outros abraços esquecia suas traições. Obsessivo querer, esproba ilusão, linda loucura ? E foi concordando com tudo o que me fazia que, matando você, aos poucos, bem devagar, esse meu desejo de querer você comigo varrido pra debaixo dos lençóis, passou a ser o meu jeito de viver. Agora que jaz completamente assassinado, dias úmidos. Quem morreu fui eu. (*) imagens: Google https://www.youtube.com/watch?v=WohkYFak_hI Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 29/09/2017
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