Doído... Quando me oferecias teu império de amor, e eu fechava os olhos só para haver noite, o cheiro intenso da atração intoxicava o bosque dos desejos, infatigável perfume, algo doce, algo denso, incendiava nossos corpos, Perfeita, provada, tu me amavas. E éramos muito mais viver. E eu gostava de te amar e ficar dependente. Foi quando não mais te decifrei. Sabor de saudade, de pedras, adquiristes, que a melancolia do viver cresceu. Tomou forma. Dei o meu grito. Fui mau amor. Arder em teus braços, de jeito nenhum mais quis. Agora, teus sentidos por mim, mais e mais a oxidar enorme deserto separando nossos corpos, não sei se consigo sobreviver a essa dor... Não importa o quão somos duros. Toda dor segue a gente, deixa cicatriz, mas, mais do que o mais doído querer é um coracão que não sabe o que quer... Música: A Noite dos Mascarados ( Chico Buarque e Elis Regina) (*) Imagem: Google ************************************* De James Assaf: "Quando o amor se faz sentimento, a emoção caminha nos dois sentidos"... Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 19/05/2017
Alterado em 26/05/2017 |