Secreta cor da tarde ... Num passado de aventuras, leviano coração conheceu tantos amores por aí... nos braços do prazer infinito, de corpo e alma se entregou... Quando o fulgor das noites luminosas se apagou, naufragou na tristeza de promessas enganosas... dum amor doído, incontido, saudade tanta que até doía, trincou rosas... Há quanto tempo não lhe ardia o coração? Respira em sua garganta pele desconhecida... Curar-se de tamanho frenesi? Tarde demais! Perdido, a si mesmo procura, quer esvaziar a alma... Sob a secreta cor da tarde toma dum violão, dum fio inerte, palavras sentidas, arranca-as: Doçura amarga dos poentes ... Emoções recriadas. Beleza extrapolando trevas... Tango triste esvai-se. Gemidos roucos, intensos... Machucando com jeitinho, reencontro de ilusões... Num mundo sonoro e nítido e denso, dança sozinho no meio da sua solidão... faz pulsar corações com o amargor das suas melodias... Música: How Can I Go On (Freddie Mercury and Montserrat Caballe) (*) Imagem: Google ****************************************************** Cometários/interações que à pagina enfeitam, faz brilhar... De Poeta Carioca: "Assim, secretaram os amantes um decreto na noites, de suas mesmas noites, nos suores e resplendores do amor... ************************************************ De gajocosta: "Tudo é melancolia de grande beleza poética. Saudosismo que dói, o tardio de nossas ações inconsequentes, do prazer fugidio. Ao amadurecermos, visita-nos o arrependimento... Mas, como j´dizia o Pessoa, "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.". Mas ela cresce aos poucos... Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 10/02/2017
Alterado em 17/02/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |