Terrivelmente humana... Sem eu pedir um espelho se plantou a minha frente.
A voz impessoal do mundo impetrou a tempestade. Ousou revelar a aura d'uma alma fantasiada. Falsa imagem do que sou. Pensamento desordenado hauria forças... milhões de toques, invisíveis, não palpáveis tocavam-me o corpo até me fazerem gritar. ah, um coração à mostra... a sensibilidade liberta da prisão... o sorriso refletindo o fundo d'alma ... Como ao choque de uma centelha, embriagada, estremeci. Desfiz-me de ornatos. Desnuda, sou descompasso, estilhaço. Só um traço... Vesti-me de mim mesma. Estou vulnerável .... Parto o espelho. Lábios tinjo. Faces pinto. É justo... Cubro-me de disfarces. Pois que sou sim, assim, terrivelmente humana. Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 06/09/2016
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