"És metade sombra ou todo sombra?
Tuas relações com a luz como se tecem? Amarias talvez preto no preto, fixar um novo sol,noturno"? (A Goeldi ... Carlos Drumond de Andrade) Soneto do Apocalipse ... Silêncio é pétreo. Dia é todo noite.
Qual vela negra içada no mastro dos navios, penumbra acizentada evoca trevas terrestres. Sem máscara, encarna a profunda escuridão, a angústia infinita, emaranhado de fios de frustração, da impossibilidade, cortam sonhos. Ausência do vazio enche tudo. O cavalo preto do apocalipse, com a balança nas mãos, evoca o caos. De uma só vez, a morte crua, sem explicação,ataca impudente , antes da primeira ordem do Criador: haja luz! Aos que criam, é mais humana: "A esperança de salvação reside em Deus, em sua infinitude"... Para esses a noite não perdeu o rosto. Nem a morte ousou assombrá -los. Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 26/06/2016
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