Florindo, de novo...
Num tempo ausente de sorrisos, em lençóis brancos dormes, mas, ah, suada saudade de esperas sossego não te dá. Presa aos pés da cama te resta navegar por noites frias de carência... Querias não! Nas águas do teu desencanto, derivas. Por gélidas marés quase rebentas. Em turbulências devolves lembranças..., pra teu castigo só saudade não afunda. Cansada, adormeces. Remanso da madrugada vem te olhar tranquila. Eliminando na mansidão do silêncio, perigos que te afastam da vida, vez liberto, teu cismado coração vai soltando ao vento disfarces de ilusões. Importa não, que agarrada no pulso do tempo efêmera felicidade venha. Se ela grudar em teu colo a beleza singular do existir... amanheceres em lírios te dar... desérticos jardins amanhar... de novo, por dentro, vais florir. *************************************** Que belo, poeta Walter de Arruda, valeu milhões!!!... Por dentro do Ser... Somos a doçura da nascente... Nada nos amanha dor e ausência... Somos a rebeldia do verso... Possuímos a constância do tempo... Herdamos a sabedoria... Da montanha e a liberdade do prado... Aninhamos no colo da Amada... O nosso carinho... Se ela desejar... Ser o calor na nossa beira d'água... ... (*) Imagem: Google
Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 06/02/2016
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