Tempo que não há mais de voltar
Cada vez que revisito o passado Revejo meu pai chegar da lida E num raro momento de ternura Cantar pra meus irmãos e eu: “Lá atrás daquela serra Passa boi passa boiada”... Cada vez que revisito o passado Pareço até ouvir o som alegre do berrante O sol ia se pondo... Boiadeiro montado em seu cavalo alazão, a gritar: “eia” Até a boiada pela porteira passar. Cada vez que revisito o passado Tempo que não há mais de voltar De pesar meu coração fica doído Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar Saudade dos idos tempos de menina Saudades de meu pai Que partiu pra não mais voltar. (*) Imagem: Google Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 11/02/2014
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