Marisa Costa

Saber sonhar é saber viver!

Textos


Naquela noite sai do trabalho sentindo uma dor no peito incontrolável, uma vontade de colocar para fora tudo o que sentia. Uma nítida sensação de que se não falasse ia explodir.
Tentei falar com alguém, mas fiquei com a sensação de não ser ouvida. Era só eu respirar, e logo vinha ela contando sua própria historia.
Sem ser egoísta, naquele momento eu não precisava de mais problemas, os meus já eram insuportáveis. Precisava apenas de alguém que me escutasse com atenção e aliviar a minha dor.
E eu, desejando apenas alguém para me ouvir, tive que suportar criticas e julgamentos que sequer havia pedido.
Tentei outra pessoa, mas ela me deu o seu silencio. Não o silencio de apoio que se demonstra num olhar, num abraço apertado. Era o silencio do desprezo, da indiferença. Ah, como doeu! Era como se o meu sentimento não tivesse valor algum.
Cansada, angustiada, fugi, parei de pensar, mas a angustia insistiu em retornar.
Sem saída, peguei uma folha de papel em branco.
Escrevi tudo o que sentia, sem julgamentos, permitindo uma conexão comigo mesma e tudo o que tenho de mais valioso: meus sentimentos.
Foi altamente terapêutico. Encontrei nas letras o entendimento, foi como um levantamento de ideias, uma auditoria nos sentimentos.
Mente e emoção equilibradas, li, reli, analisei, agora sim com a razão. E para minha surpresa lá estava a solução para superar os obstáculos que antes me pareciam intransponíveis.
Naquele momento, e em muitos outros, o papel em branco foi meu melhor amigo, rascunho das minhas lembranças, meus sonhos, minhas emoções.
 
 


Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 18/03/2013
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