Maria era uma mulher simples, bonita, dedicada ao lar e filhos.
Dia a dia, seu visual era o avental, o lenço na cabeça e o chinelo de dedos, a cuidar da casa e da terra. À tarde, se perfumava, feliz da vida, para o marido amoroso e gentil. Um dia, debruçada na janela sonhou, e como por encanto, viu um mundo de prazer, rico e fascinante. Maria se entristeceu. Sorria pouco. Descobriu que não tinha sonhos. Tinha deveres. Não vivia. Sobrevivia. Maria deixou sua casa, marido e filhos e foi atrás do sonho, para descobrir, nas passarelas do mundo, seu grande engano: a felicidade que buscava existia dentro dela. Ah, Maria, Maria... ao despir-se de si mesma, foi-se junto sua alma, sua alegria, seu prazer de viver. (*) Imagem: Google Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 06/11/2012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |