(Tobias de Desabalada Carreira e Façú Não), agora se prepara para morrer.
Na volta da lua de mel, Rosa estranhou o silencio do marido. ─ Qui ocê tem homi? Qui cara é essa de quem cumeu e num gostô? ─ É hoje qui seu pai vai me mandá pro além. ─ Pra quê cê foi cutucá onça com vara curta? ─ E num é? Mas cê ficô orgulhosa d’eu, num ficô? ─ Amei, Tobias. Ocê é o meu homi. Ao chegarem na rodoviária a primeira pessoa que Tobias viu foi o pai de Rosa e sua carabina. Desejou ser invisível, mas o coronel era o primeiro da fila no desembarque. Sem saída, saltou e foi logo dizendo: ─ Podi dá cabu d’eu, coroné! ─ Por que essa pressa toda? ─ Já cumi o frutu, entonce... vô morrê é feliz. O Coronel coçou a cabeça, desnorteado. ─ E ocê acha qui eu lá sô homi de dá felicidade prum borra botas feito ocê? ─ Num é? ─ Sô não! Cê vai é vivê. Tobias riu intimamente. Acertara o alvo. Pensou, cheio de si: Num falei qui infrentava o homi? Venci, e sem usá porra ninhuma de carabina! Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 20/07/2012
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