Ao pé da Ladeira encontrou o amigo. ─ Cumé qui foi lá seu noivado com a Rosa ─ Zé perguntou com um tapinha nas costas de Tobias ─ Uai sô ─ continuou. ─ Cê tá branco qui nem papé. Qui aconticeu homi de Deus? ─ Ih, Zé. Num queira sabê. O pai dela é bravo feito onça. ─ Me conta, Tobias. ─ Tava eu lá feliz da vida quando vi aquio. ─ O quê? ─ Uma carabina dês tamain apontada pra ieu. ─ Cê guaguejô, Tobias? ─ Qui nada! Nem trimi. ─ Num é o qui parece não. ─ Infrentei o homi, tô falano. Só num gostei duma coisa. ─ O véio pôs ocê pra corrê? ─ Não! É qui ieu tava doidinho prá pegá na mão da Rosa, e sabi o qui aquei ogro fiez? ─ Fala logo, Tobias. ─ Mandô a fia caçula ponhá as alianças nieu e nela. Zé soltou uma gargalhada. ─ Ondi é qui ocê foi amarrá sua égua, hein amigo. ─ E num é? Má tem pobema não. Pô aquéia morena infrentu o arsenal inteio do véio. ─ Zé balançou a cabeça duvidando. ─ Acredito não ─ e fixando o olhar ladeira acima, exclamou: ─ E pu falá na pieste lá vem o pai da Rosa. ─ Ondi, ondi ─ gritou Tobias fugindo em desabalada carreira. (*) Imagem: Google Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 14/06/2012
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