10/07/2022 00h40
Incertas madrugadas...
Incertas madrugadas...
Madrugada como outra qualquer... Entre as minhas lágrimas e as minhas ternuras toda a vertigem e toda a querência que abrisam meus ais carentes dum impossível carinho que se fez vicejar numa rosa de aurora... Tem gosto de saudade, ele. Chega sem avisar no salgado da lágrima que desce sorrateira, que sem pudor despe e apalpa e tatua, toda eu, com doçuras da gente... E sempre que vem me contar de ti, Coração se adianta. Suspiroso parte naufragar nos fluídos do amor, só pra reviver momentos em que desabrochada em flor, provei o que era desejo, o que era prazer... O vivenciar de intimidade profunda em que o amor transcendia em nossas brincadeiras, nas cumplicidades, nos jogos de sedução velada, naquele todo de você e eu... Ah, promessas de certezas incertas tão desejadas e tão sofridas e ainda assim tão felizes... Neste outono de noites e dias invernais que faz este meu querer-te, para mim, ainda mais valioso, E... Se você ainda puder ouvir-me o interior... Vai sentir o meu calor quando estiver com frio... Te abraçando forte quando se sentires sozinho... Se perdido e não puder voltar, me ouvir chegar e dar um jeitinho de te encontrar... E se chorar, minhas mãos de carinho a enxugar seus olhos o farão sorrir... Agora, se teu sorriso me olhar de soslaio, ah... Aí eu beijarei-te os medos... Porém se sentir uma forte ventania, dentro dela o sopro delicado de uma brisa molhar-te a face, Saibas... São minhas lágrimas orvalhadas de saudade.
Publicado por Marisa Costa em 10/07/2022 às 00h40
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