29/01/2020 17h07
Vulcões
Vulcões “Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal Não tem a lividez sinistra da montanha Quando a noite a inunda dum manto sem igual De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha Oculta no seu seio de lividez fatal! Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões Como no gelo frio do cume da montanha Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…
Assim quando eu te falo alegre, friamente, Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!”
Florbela Espanca Publicado por Marisa Costa em 29/01/2020 às 17h07
|