23/07/2012 13h38
Tempo de Felicidade
O casarão de janelas verdes abria suas portas para nos dar passagem. a natureza sorria em festa nos recebia de braços abertos e em retribuição ao nosso amor, se exibia em seu esplendor. Pássaros saltitantes gorjeavam nos dando boas vindas, galhos acariciavam nossas cabeças, como a sussurrar: ─ Subam! Provem meus mais belos frutos nascidos especialmente, para vocês. O riacho se tornava mais cristalino o toque das nossas mãos, ansioso esperava a relva viçosa forrava o solo nos convidando ao descanso à vista adorável de flores silvestres. À hora do crepúsculo montanhas em chamas nos presenteavam com o mais belo dos pores-do-sol e nas noites frias, enquanto nosso avô preparava o feijão tropeiro, sons de violões enchiam o ar em suaves acordes e em volta da fogueira, nossas vozes antigas canções entoavam. Um dia veio o tempo... e levou nossos avós O progresso chegou e... a natureza matou. Mortalmente feridas, arvores tombaram pássaros e animais apavorados fugiram. A terra sangrou o pinche negro a cobriu, sepultou o riacho de águas cristalinas. a relva cedeu seu lugar ao frio concreto. Nossa liberdade se perdeu. Nosso pequeno oásis, espaço mágico que a mão da natureza trabalhara com primor, desapareceu. Chorei... lagrimas, ávidas da terra fecunda perdidas no solo infertil. Hoje, quando de lá me lembro, acesso de novo a paz e o silencio e sei que sempre posso me retirar para aquele lugar tranqüilo onde a paz profunda morava onde a felicidade podia ser tocada. Publicado por Marisa Costa em 23/07/2012 às 13h38
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