Marisa Costa

Saber sonhar é saber viver!

Textos


A natureza tem seus motivos quando reage às agressões e se vinga do homem. É a Lei da Causa e Efeito.
O animal mata para sobreviver e quando ataca os da mesma espécie o faz, não por uma manifestação de antagonismo, como parece, porem de cooperação. Ela serve aos interesses da espécie, não aos dos indivíduos. (*)
O mesmo não se pode dizer do homem, cuja “desrazão” culmina com a violência extremada contra a vida.
 
Aqui no Brasil a violência se espalha por todos os níveis da sociedade.
Diariamente, assistimos a diversidade de interesses e ambições que permeia a politica, cujos representantes têm dificuldade de sustentar um caráter digno e honesto, violentando o eleitor contribuinte com banhos de corrupção.
Diariamente, nos deparamos com cenas chocantes de violência nas ruas, dentro de casa, nas relações interpessoais, enfim, o respeito ao outro, à vida, virou coisa do passado.
A escalada da violência que hoje até impede o brasileiro de usufruir de serviços antes oferecidos, até do direito de ir e vir, nos leva a perguntar:
O que leva alguém a atos extremos ante situações banais? O ser humano está perdendo a razão?
O troféu da impunidade seria sua principal causa?
 
Muito se tem falado do provável estouro da violência durante a Copa do Mundo.  
O evento está ai, não há como evita-lo, então, que os protestos sejam pacíficos, violência só prejudica o próprio povo que é quem paga a conta.

Durante os jogos da Copa, eu se pudesse, me retiraria para um lugar tranquilo, no meio do mato, ao invés de usufruir do meu desejo de estar numa Arena.
Fuga? Concordo e não tenho vergonha de admitir, embora fugir nunca foi uma das minhas alternativas.
No entanto, muito não tem restado ao cidadão a não ser o medo.

Talvez essa insegurança explique porque cada vez mais e mais pessoas prefiram estar diante das telas dos seus computadores a sair para um simples jantar e ser fuzilado durante um assalto, ou porque alguém não foi com sua cara.
Enfim, há uma serie de “desrazões” humanas para se ser agredido emocional/verbal/fisicamente, ou se perder a vida hoje no Brasil.  
Penso que sem intervenção do Estado para se descobrir as causas da proliferação dessa “desrazão” e sua consequente contenção, sem tratar e eliminar o câncer da impunidade, o futuro me parece incerto. 
É como viver em permanente Guerra Civil sem ser oficialmente uma.
Pena que no país que a gente ama, um povo alegre e brasileiro que se sustenta por princípios morais, trabalha com coragem e dignidade, se veja refém da violência. 


(*) Confome Tinbergen em seu livro: " Social Bechaviour in Animals"
(*) Imagem: Google
 
Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 05/06/2014
Alterado em 06/06/2014
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